sexta-feira, agosto 18, 2006

 
Um dos factores que concorre para o desenvolvimento de uma língua é o estabelecimento de um sistema de escrita. Desde os anos 80, o NELIMO-Centro de Estudos de Línguas Moçambicanas (então Núcleo de Estudo de Línguas Moçambicanas) da Universidade Eduardo Mondlane com vários parceiros têm vindo a trabalhar para a adopção de ortografia(s) padronizada(s) das várias línguas faladas em Moçambique. O I Seminário sobre a Padronização da Ortografia de Línguas Moçambicanas (1989) propôs o sistema de escrita de línguas moçambicanas e fez recomendações. Poucos sabem de existência deste documento e entre aqueles que sabem, poucos ainda fazem o esforço de pôr em práctica. O II Seminário sobre a Padronização da Ortografia de Línguas Moçambicanas (1999) revisitou o primeiro documento e fez uma nova proposta revista. Este documento continua a passar despercebido pelos vários sectores que lidam directa e indirectamente com a problemática de línguas moçambicanas. Resultado: faz-se ciência, há propostas de melhoria de formas de funcionamento e não há aplicação. Se há aplicação, não há o controlo sistemático para a avaliação posterior. Mas o resultado último nesse caso é a continuação de proliferação de sistemas de escrita, por vezes, na mesma língua. É assim que vemos, por exemplo, o nome tal como Vilankulu escrito de variadíssimas formas: Vilankulo, Vilanculo, Vilanculos... mesmo nos órgãos de comunicação social escrita.  

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